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NOTA PÚBLICA DA ABMMD – PISO DA ENFERMAGEM

NOTA PÚBLICA DA ABMMD

A Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia – ABMMD, em reconhecimento ao importante e estratégico trabalho da enfermagem como integrante da equipe multiprofissional na execução das ações de saúde, pública e privada, vem, por meio desta NOTA PÚBLICA , manifestar o nosso integral apoio à luta histórica desta categoria e exigir das autoridades dos poderes constituídos no âmbito federal, estadual e municipal, inclusive do Supremo Tribunal Federal, o cumprimento dos dispositivos legais já aprovados e o imediato pagamento do piso salarial, sem qualquer restrição ou flexibilização, como tentam impor, medida esta que a lei não prevê.

Em julho do ano passado, o Congresso Nacional aprovou mudança na Constituição para estabelecer uma remuneração mínima para a enfermagem e as parteiras, a ser seguida tanto pelo setor público quanto pelas empresas privadas.

Em agosto, o Poder Legislativo também aprovou a lei citada pela Emenda Constitucional, fixando o valor de R$ 4.750,00 para as enfermeiras, 70% deste valor para as técnicas de enfermagem e 50% do piso para auxiliares e parteiras.

Em setembro, o tema chegou ao Supremo Tribunal Federal e o ministro Barroso, relator da ação que questionou a medida, decidiu pela suspensão da norma até que fossem analisados os impactos financeiros das medidas para estados, municípios e órgãos do governo federal. Esta decisão individual foi posteriormente confirmada pela Corte.

Em dezembro, uma nova Emenda Constitucional definiu que caberia à União, por meio de lei, prestar assistência financeira complementar aos estados, ao Distrito Federal, aos municípios e às entidades filantrópicas, para custear o piso.

Neste ano, o Congresso aprovou a lei com a definição do valor de repasse da União às gestões locais. Esta lei foi imediatamente sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e está em vigor no momento.

Por isso, nós, médicas e médicos da ABMMD, vimos a público manifestar nosso integral apoio à categoria de enfermagem, parceira imprescindível na equipe multiprofissional da saúde, e exigir das autoridades dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário que assegurem o imediato pagamento do piso conforme foi aprovado pelo Congresso Nacional, fazendo-se justiça a essas trabalhadoras e a esses trabalhadores que não mediram esforços durante a Pandemia da Covid-19 e continuam não medindo, muitas vezes até sacrificando suas próprias vidas para salvar e proteger as vidas de 203 milhões de brasileiras e brasileiros.

PAGAMENTO DO PISO SALARIAL DA ENFERMAGEM JÁ, SEM FLEXIBILIZAÇÃO, CONFORME ESTABELECE A LEGISLAÇÃO.

Fortaleza, 30 de junho de 2023.

Colegiado Nacional da ABMMD

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Diretrizes e propostas da Conferência Livre da ABMMD para a 17ª Conferência Nacional de Saúde

Prezados filiados da Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia – ABMMD,
É com grande satisfação que comunicamos que as propostas e diretrizes resultantes da nossa 1ª Conferência Livre de Saúde das Médicas, Médicos e Acadêmicos de Medicina estão no “RELATÓRIO CONSOLIDADO – VERSÃO PRELIMINAR” da 17ª Conferência Nacional de Saúde “. Enviamos em anexo o relatório consolidado, e fizemos uma marcação em amarelo para facilitar a identificação das nossas diretrizes e propostas.
Aproveitamos a oportunidade para reforçar a importância da sua participação e engajamento na luta por uma saúde pública de qualidade, por mais recursos destinados ao SUS, pela democracia e pela mobilização em prol da permanência da ministra Nísia Trindade no Ministério da Saúde.
Além disso, gostaríamos de informar que estamos em uma campanha de filiação, e você pode se filiar facilmente através de nossa página www.ABMMD.com.br.
Junte-se a nós nessa importante missão de transformar a saúde no Brasil.
Contamos com a sua participação ativa e engajamento contínuo!
Cordialmente,
Coordenação Executiva Nacional da ABMMD
Anexo com as propostas: “RELATÓRIO CONSOLIDADO – VERSÃO PRELIMINAR”
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Reunião da Coordenação Executiva Nacional e do Colegiado Nacional ad ABMMD

Queremos compartilhar os momentos incríveis que vivenciamos durante a reunião de ontem. Foi uma noite produtiva e repleta de ideias inovadoras. 💡✨

A Coordenação Executiva Nacional, como o Colegiado Nacional da ABMMD, reuniu-se para discutir os próximos passos do nosso projeto principal.

Durante a reunião, abordamos tópicos importantes, como estratégias de crescimento, aprimoramento de processos e colaboração entre Núcleos e Comitês da ABMMD. 💪🔝 Também discutimos as metas e definimos planos de ação concretos para garantir que alcancemos nossos objetivos.

Uma das partes mais emocionantes foi o momento de compartilhar nossas recentes conquistas. Ficamos impressionados com os resultados alcançados pelos membros da ABMMD e estamos orgulhosos de cada um deles. 🏆🎉

Queremos expressar nossa gratidão a todos que participaram da reunião de ontem. Cada contribuição foi valiosa e nos ajudará a construir um futuro de sucesso. Juntos, somos mais fortes! 👏🤝

Fiquem atentos, pois em breve compartilharemos mais atualizações sobre nossos projetos e próximos passos. 📲✉️ Continuem fazendo um trabalho incrível e lembrem-se de que cada um de vocês é uma peça fundamental para o nosso sucesso coletivo.

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Propostas e Diretrizes da Conferência Livre de Saúde – A Medicina que temos, a Medicina que queremos: Médicas e Médicos pela Reconstrução do SUS

Propostas e Diretrizes da Conferência Livre de Saúde – A Medicina que temos, a Medicina que queremos: Médicas e Médicos pela Reconstrução do SUS

Diretriz do Eixo 1:

Promoção da educação interprofissional e interdisciplinar com o objetivo de promover a integração de diversos profissionais da saúde já no momento da sua graduação. As estruturas curriculares dos diferentes cursos da área da saúde devem incluir atividades ou disciplinas que possibilitem a integração de estudantes de diferentes profissões da área da saúde.

Propostas do Eixo 1:

1-Promoção de corpo docente generalista para formação do graduado em medicina devendo os docentes de especialidades ser direcionados para as residências, pós-graduações, e para a C&T de especialidades;

2-Articulação da graduação à residência e mestrado profissional de áreas de atenção primária;

3-Articulação das IES a centros de ensino e pesquisa estrangeiros – internacionalização das relações entre os cursos da área da saúde brasileiros com diferentes centros estrangeiros visando a melhoria da qualidade do ensino-aprendizagem de acordo com a tríade conhecimento-habilidade-competência;

4-Regulação dos cursos pela qualidade; necessidade e inclusão social, com currículos que promovam a bioética e o bem viver;

5-Criação de uma Comissão MS/MEC visando a formulação de diretrizes e normas para articular o ensino à rede de atenção primária do SUS, com participação da comunidade como requisito importante para a formação do estudante de graduação de medicina, interagindo com estudantes de diferentes cursos da área da saúde;

Diretriz do Eixo 2:

Promoção e desenvolvimento em prol da construção de carreiras profissionais, incluindo todos os profissionais do SUS, ao considerar a perspectiva do Trabalho Decente e a desprecarização de vínculos trabalhistas, logo contribuindo para a construção de políticas de gestão do trabalho que visem a humanização do trabalho em saúde, a democratização das relações de trabalho no SUS, o fortalecimento da integração ensino-serviço-comunidade e do controle social no SUS, dialogando com a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora de acordo com a Portaria GM/MS nº1.823/2012.

Propostas do Eixo 2:

1-Criação de planos de carreiras para todos os profissionais do SUS, de caráter nacional, geridas por uma instituição federal de caráter público, com diretrizes e políticas de recursos humanos unificados, mas respeitando a autonomia administrativa de estados e municípios. O ingresso deve ser por concurso público onde devem ser respeitadas cotas de raça, etnia e condições sociais. E o plano de promoção deve ser mediante qualificação permanente e progressiva e critérios de avaliação compartilhada do serviço prestado, periódicas e da qual usuários devem estar incluídos. Dessa forma, deve-se promover a extinção da ADAPS e progressivamente das OSs e de todas as formas de precarização do trabalho em saúde no SUS;

2-Criação de carreiras federais, estaduais e municipais estatutárias no sentido de ampliar o número e a qualificação das Equipes de Estratégia de Saúde da Família (com os Agentes Comunitários de Saúde/ACS e Equipes de Saúde Bucal), dos Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF), dos Centros de Atenção Psicossociais (CAPS), dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), Centros de Reabilitação Básica e Promoção da Saúde (CEREPS), das Equipes de Vigilâncias à Saúde (Sanitária, Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador) promovendo a descentralização da vigilância e sua integração com a APS; e criar um novo modelo de gestão do trabalho e de governança para a saúde indígena;

3-Integração das Unidades de Saúde do SUS com Universidades e instituições de ensino a fim de ampliar as ações de educação permanente para qualificar as e os trabalhadores em saúde, visando melhoria do acesso, acolhimento, promoção, prevenção e tratamento das populações menos assistidas e vulnerabilizadas, como por exemplo PCD, população indígena, população em situação de rua, população quilombola, população ribeirinha, pessoas privadas de liberdade, população negra, população LGBTQIA+;

4-Inclusão na Política Nacional de Atenção Básica de políticas específicas para municípios rurais e populações rurais (teto de credenciamento de 1.500 pessoas por equipe proporcional à população rural municipal; financiamento para transporte sanitário para equipes de saúde da família rurais; equipes de saúde da família itinerantes, unidades móveis de saúde da família; unidades fixas de apoio às equipes de saúde da família em comunidades rurais, quilombolas, indígenas e assentamentos; possibilidade de uma quantidade maior de profissionais como enfermeiros, fisioterapeutas, e outros, por equipe de saúde da família rurais; e-multi estratégicas para áreas rurais. Financiamento de infraestrutura física nas unidades para ações de reabilitação física e práticas integrativas; unidade de saúde rurais com horário ampliado, com assistência farmacêutica e do saber popular por meio da implantação e fortalecimento de farmácias vivas nestas comunidades, vinculadas às equipes de saúde da família;

5-Revisão da Reforma Trabalhista e da Reforma Previdenciária, acabando com a contratação dos profissionais de saúde no SUS por meio de vínculos precários como PJ.

Diretriz do Eixo 3:

Expansão e qualificação da atenção integral à saúde por meio de um SUS forte e de qualidade, ampliando a sua rede de atenção à saúde, às ações de promoção, prevenção, diagnóstico, recuperação da saúde, bem como a partir de uma perspectiva intersetorial e interseccional, construindo ações de atenção integral à saúde com os setores de proteção social, educação, segurança pública, dentre outros.

Propostas do Eixo 3:

1-Fortalecer Políticas intersetoriais e interseccionais para o combate às violências, atos de racismo, discriminação, intolerância, violações dos direitos humanos, proteger e facilitar o acesso aos serviços de assistência social e de saúde das populações historicamente vulnerabilizadas, como as populações negra, indígena, cigana, refugiada, populações de matriz africana, quilombola, populações do campo, da floresta e das águas, pessoas com problemas de saúde mental, populações de rua, populações privadas de liberdade, comunidade LGBTQIAPN+, mulheres, pessoas com deficiência e demais grupos oprimidos;

2-Revisão do financiamento do SUS com um orçamento de pelo menos 6% do Produto Interno Bruto, permanecendo fora do teto de gastos do novo arcabouço fiscal (2023), com a revogação da Emenda Constitucional 95 e da Desvinculação das Receitas da União, revisão da tabela SUS, distribuição dos recursos priorizando as regiões e municípios mais vulnerabilizados, bem como estudar e construir estratégias de fiscalização e regulamentação para gradativamente ir extinguindo a terceirização por meio de OS ou qualquer outra forma de terceirização no SUS, e fortalecer as estruturas de avaliação da efetividade e eficiência das políticas e ações do SUS no sentido de otimizar a utilização dos recursos disponíveis;

3-Aprimorar a regulamentação do SUS a partir do decreto 7.508 (2011) para promover uma organização regional efetiva que garanta o acesso à atenção integral às ações e serviços de saúde de média e alta complexidade.

4- Aplicar políticas de atenção integral à saúde das vítimas e de combate aos atos de violência, acidentes de trânsito e ferimentos por arma de fogo e arma branca.

5-Reconhecer o SUS como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, assegurando que os seus princípios doutrinários da universalidade, integralidade, equidade e participação da comunidade sejam assegurados pela sua Salvaguarda.

Diretriz do Eixo 4:

Fortalecimento do controle social no SUS

Propostas do Eixo 4:

1-Incentivo e garantia do Controle Social em todos os âmbitos de atenção em saúde, principalmente junto aos territórios, garantindo a participação no colegiado gestor das unidades de saúde envolvendo usuários e as equipes de saúde da família, promovendo junto à população a conscientização da importância do SUS e aproximando trabalhadores e usuários.

2-Criação de mecanismos de controle social das entidades de classe da saúde, dos quais participem, além de representantes da categoria, representantes do Ministério da Saúde, de Universidades públicas e institutos de pesquisa, de usuários e trabalhadores da saúde de diferentes formações e participação de sindicatos e movimentos sociais da saúde em todos os debates e espaços de decisão relativos às políticas de recursos humanos do SUS.

3-Construir na Internet plataforma digital de cooperação e promoção da Integralidade, Universalidade, Participação Popular e Controle social, articulada à gestão e ao trabalho no SUS.

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Nota de agradecimento da ABMMD

Prezadas Médicas, Médicos e Acadêmicos de Medicina,
A Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia – ABMMD, agradece penhorada à Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, ao Coletivo Rebento, à Comissão Organizadora e à Comissão de Redação, assim como aos outros valiosos parceiros que contribuíram para a realização da 1ª Conferência Livre de Saúde – A medicina que temos, a medicina que queremos: Médicas e Médicos pela Reconstrução do SUS.
É com imenso prazer e gratidão que expressamos nosso profundo agradecimento a todos e a todas que colaboraram para o sucesso da Conferência Livre de Saúde das Médicas, Médicos e Acadêmicos de Medicina. A dedicação, o esforço e o entusiasmo de cada um de vocês foram fundamentais para que este evento se tornasse um marco na busca pela melhoria do sistema de saúde no Brasil e pelo fortalecimento do controle social do SUS.
Hoje, temos a alegria de informar que concluímos a última etapa de nossa Conferência, enviando a relação dos delegados e suplentes eleitos, juntamente com as propostas resultantes dos debates e reflexões ocorridos durante este importante encontro. Essa documentação foi encaminhada à comissão organizadora da 17ª Conferência Nacional de Saúde, que ocorrerá em Brasília, de 2 a 5 de julho.
Nosso trabalho conjunto resultou em propostas sólidas e embasadas, que refletem a vontade coletiva de transformação e reconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS). Agora, nossa expectativa se volta para a aprovação dessas propostas, pois reconhecemos sua importância fundamental para a construção de um sistema de saúde mais justo, inclusivo e acessível a todos os brasileiros.
Neste momento de celebração e gratidão, gostaríamos de reconhecer o empenho e a dedicação de cada um dos colaboradores e parceiros envolvidos. Seu comprometimento com a causa da saúde pública é verdadeiramente inspirador e nos fortalece para continuarmos lutando por um SUS que atenda verdadeiramente às necessidades da população.
Agradecemos a cada médica, cada médico, cada acadêmico de medicina, membro da Comissão Organizadora, da Comissão de Redação, da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares e do Coletivo Rebento por sua participação ativa, pelas discussões enriquecedoras e pelo apoio incansável na construção desta conferência.
Estamos confiantes de que nossas propostas serão analisadas com cuidado e consideração pela 17ª Conferência Nacional de Saúde. Elas representam o anseio coletivo por uma medicina humanizada, pela valorização dos profissionais de saúde e pelo direito à saúde de todos os cidadãos brasileiros.
Seguiremos unidos em nossa missão de fortalecer o SUS e garantir que a saúde seja um direito universal e inalienável. Mais uma vez, expressamos nossa gratidão e parabenizamos todos por seu valioso trabalho.
Fortaleza, 10 de junho de 2023
Atenciosamente,
Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia – ABMMD
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